É
uma história
simples, ocorrida em
minha casa, e teve como
testemunhas eu, meu
irmão e um amigo
nosso.
Estávamos
conversando na sala,
uma tarde quente de
terça-feira.
A companhia energética
havia cortado o fornecimento
de eletricidade há
umas duas horas. Num
determinado momento
da conversa eu me lembrei
de verificar novamente
se o fornecimento de
energia havia sido normalizado,
pois eu queria ligar
o rádio. Fui
até o interruptor
da sala e o apertei.
Nada de luz. Em tom
de brincadeira, meu
irmão e o amigo
nosso comentaram que
pelo visto a energia
não havia retornado.
Também em tom
de brincadeira, comentei
que o interruptor da
sala poderia estar estragado,
e que eu checaria então
o interruptor de meu
quarto, bem ao lado
da sala.
Do interruptor
da sala até o
interruptor do quarto
não gastei mais
do que três segundos.
Novamente, nenhuma Luz.
Ainda em tom de brincadeira,
eu disse que o interruptor
de meu quarto também
poderia estar estragado,
o que me levou à
decisão de ligar
o equipamento de som,
localizado bem próximo
ao interruptor de meu
quarto, num canto da
sala. Seis ou sete segundos
após constatar
que a luz em meu quarto
não havia brilhado,
apertei a tecla ON do
aparelho de som. Para
surpresa geral de nós
três, o aparelho,
um típico três
em um, havia sido ligado.
Nossas
caras de abobalhados
traduziam a pergunta
que nos fizemos num
ínfimo instante.
Mas como? Como poderia
ser? Nenhum dos interruptores
havia funcionado. Rapidamente,
corri até o interruptor
da sala e o religuei.
Aí, sim, havia
luz. No quarto, idem.
Essa
é a história.
O que nela me chamou
a atenção
foi o fato de que o
tempo gasto entre apertar
os dois interruptores
e apertar a tecla do
som foi mínimo,
principalmente se considerarmos
o tempo gasto entre
o segundo interruptor
e a tecla do som. Justamente
nesse pequeno intervalo
a energia foi religada.
Lembro-me que na ocasião
comentamos que esse
era o tipo de história
que, se contada, não
mereceria crédito.
Também isso me
levou a contá-la.
Acredite nela. É
verdadeira.