Coisa
curiosa é o ato
de descobrir um autor.
Quanto mais lemos, mais
deparamos seu nome,
e o que pode vir a desengatilhar
o interesse por este
ou aquele escritor é
algo muito vasto. Pode
ser indicação
de um amigo, pode ser
que tenhamos lido o
nome do autor num livro
de um outro autor que
muito admiramos, pode
ser que a curiosidade
tenha sido suscitada
devido a uma citação
numa entrevista, por
exemplo.
Alusões
aos clássicos
são mais fáceis
de serem encontradas.
Quem lê, sabe
disso. Freqüentam
assiduamente as páginas.
Dos convites de casamento,
passando pela publicidade
e pelos jornais, é
comum deparar a citação
de algum clássico
da literatura. Ainda
bem, pois a freqüência
que deparamos o nome
de determinado autor
pode nos incitar a conhecer
sua obra. E mais: quando
isso ocorre, contribui-se
para que o que é
eterno continue a sê-lo.
Sei de
amigos que carregam
consigo listas de autores
ainda não conhecidos
por eles. Também
adoto esse procedimento,
e quando algum desses
amigos me mostra uma
dessas listas, fico
pensando no longo caminho
por ele percorrido até
o nome de algum autor
ir parar ali, em sua
lista. Como será
que ele descobriu tal
autor? O que terá
causado sua curiosidade?
E envolvido pelo momento,
fico até curioso
para conhecer os autores
que freqüentam
as listas de meus amigos.
O melhor
é que todo esse
processo de descobrimento
de livros, eu assim
chamaria, vai se tornando
uma bola de neve; vai-se
descobrindo novos afluentes
nesse rio, novos galhos
vão se incorporando
a essa árvore.
Novos leitores e autores
vão firmando
um belo e espontâneo
pacto.
E vocês
já repararam
que ao lermos determinado
livro, parece que passamos
a deparar o nome de
seu autor de modo mais
freqüente?