Enquanto
PC Farias compra Mercedes
zerinho zerinho (isso
até me lembra
a Janis Joplin: “Oh
Lord, won’t you
buy me a Mercedes-Benz”),
o velho Fusca vem aí
(Volkswagen –
carro do povo), com
a missão de possibilitar
ao brasileiro o gostinho
de adquirir seu carro
zerado. E pelo visto,
vai ser sucesso, pois
algumas concessionárias
já receberam
pedidos, e algumas até
já fizeram reservas
para os ávidos
clientes, afoitos para
botar a mão no
velho Fusquinha.
Nesse
revival, os amantes
do Maverick (se lembra?)
já defendem sua
volta, nem parecendo
se incomodar com a fama
de beberrão que
o carro tem. E não
pára por aí.
Tem tomado corpo um
movimento que propõe
a volta da capital do
país para o Rio
de Janeiro. João
Ricardo Moderno (epa!),
39, professor de filosofia
da Universidade Federal
do Rio de Janeiro, encabeça
o movimento. É
a onda retrô em
voga. Assumindo a dianteira
da vanguarda, a onda
retrô.
Aqui
em Patos, conversando
com amigos, já
encontrei quem defendesse
a volta do Cine Garza,
do Restaurante Tabu,
dos bailes com música
ao vivo no Mangueirão,
da antiga rodoviária,
de um velho ônibus
que fazia a linha Patos/Aragão,
das calças boca-de-sino,
das bicicletas Phillips
ou mesmo das novelas
no rádio.
Nessa
onda toda, até
mesmo nossa trivial
gripe já foi
apelidada: gripe Fusquinha
– vai e volta.
Os fãs
pedem a volta dos Beatles,
dos Sex Pistols, do
Pink Floyd (tendo Roger
Waters como vocalista)
e do Genesis (no vocal
de Peter Gabriel). Um
dia desses, no Jô
Soares Onze e Meia,
um telespectador pediu
a volta de Itamar Franco
– para Juiz de
Fora.